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Rumar por Amieira surge no âmbito da disciplina de Projecto, inserida no plano curricular do 3ºAno de Animação Sociocultural, da Escola Superior de Educação de Portalegre. Ambicionamos um novo olhar de e para a população da Amieira que visa o possibilitar, encaminhar, o lutar por uma população que há muito se acomodou e não busca pelo reencontro com a sua identidade. Assim, caminhamos no sentido de aproveitar os potenciais e genuínos recursos desta “gente”, aliado a um contacto social mais inclusivo, para uma Amieira do Tejo mais sensibilizada para ao seu próprio desenvolvimento.
Como tal vamos relembrar o que outrora os caracterizou tão fortemente, vamos, principalmente, mostrar à população mais jovem traços dos seus antepassados. A animação irá “rumar” numa dicotomia, com destino a casa de todos, e de cada um, com o incentivo dos mais novos, responsáveis pela vida daquelas ruas agora desertas. Jogos e brincadeiras que de certo vão dar outra alma, outro ânimo, mesmo que seja por um só dia, e ao mesmo tempo mostrar as diferenças do quotidiano, das oportunidades daqueles, cujos rostos envelhecidos, têm tanto para contar.
A Animação Sociocultural enquanto estratégia de intervenção e sendo responsável de um determinado modelo de desenvolvimento comunitário, centra-se na promoção da dinamização social e a participação, a partir de processos de responsabilização dos indivíduos na gestão e direcção dos seus próprios recursos.
A Animação Sociocultural é um instrumento próprio para motivar e exercer a participação, concebendo aos sujeitos o protagonismo do seu desenvolvimento.

31 de Maio

APAREÇA!!

sábado, 24 de maio de 2008

Metodologia

A realização deste projecto partiu em busca de uma comunidade rural e das suas necessidades. A Amieira do Tejo veio ao encontro do que procurávamos, uma aldeia alentejana que há muito esqueceu o seu valor histórico, perdendo a sua autenticidade. Assim foi necessária uma procura documental e visual do passado e do presente, testemunhos vivos desta população envelhecida que se acomodou a uma vida precária, passada somente no seu espaço físico, uma população que perdeu a vontade de dar continuidade às suas próprias características.
Os objectivos tornaram-se bastante claros, antes de mais, fazer com que a Amieira volte a ganhar vida, trazer a população para a rua, “provocar” um contacto inter geracional, para que todos possam aprender algo, dar a conhecer aos mais novos todas as potencialidades da sua terra, quer geograficamente, quer culturalmente. Fazer com que estes se orgulhem do local onde vivem e talvez, partam em busca do seu desenvolvimento.
Em colaboração com a associação RUMO_ADESC, que promove o desenvolvimento económico, cultural e social da Amieira do Tejo, trabalhámos no sentido de que todo o processo fosse de aprendizagem para todos os intervenientes. Vamos permitir que todos tenham contacto com o projecto desde da sua elaboração, até à realização do mesmo. A escola primária de Arez foi contactada para que as crianças tomem conhecimento do que se estava a preparar para o dia 31 de Maio e para que pudessem participar, no entanto as actividades estavam a destinadas a quem quer que quisesse participar, não foi estipulado limite de idade.
Todos e quaisquer materiais utilizados no nosso projecto são recicláveis, de fácil acesso, para que se perceba que não são necessários orçamentos exorbitantes para se realizar uma animação de sucesso, mas sim o empenhamento, vontade e acima de tudo, prazer com que esta é desenvolvida.
No final a avaliação será feita a partir de documentação substancial como vídeos e fotografias que poderão evidenciar, ou não, o sucesso deste projecto, assim como a recolha de testemunhos de todos os intervenientes deste processo: os animadores, os participantes, os membros da associação RUMO e todos os que assistiram às nossas actividades, mesmo que da janela de suas casas. As suas opiniões serão sem dúvida uma mais valia para nós.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Cronograma

O nosso cronograma

terça-feira, 20 de maio de 2008

Contextualização Teórica

Animação e Desenvolvimento Local

A Animação Sociocultural configura um conceito polissémico abrangente e de certa forma complexo. Configurada como uma prática social que usa tecnologias e métodos de intervenção que fomentam a participação, o desenvolvimento social e cultural, e consequentemente a qualidade de vida.
Segundo Jaume Trilla, a Animação Sociocultural é como um conjunto de acções realizadas por indivíduos, grupos ou instituições, numa comunidade ou sector da mesma, no âmbito de um território concreto, com o propósito principal de promover os seus membros uma atitude de participação activa no processo do seu próprio desenvolvimento, tanto social como cultural.
Independentemente do contexto em que ocorre um trabalho cultural, é sempre uma acção sobre a cultura de uma comunidade e a sua vida social. Todos os esforços e práticas são dirigidos para as pessoas.
Os lugares de vivência e convivência dos indivíduos, as realidades próximas, constituem sem dúvida, os esforços privilegiados da Animação Sociocultural.
O papel do Animador Sociocultural junto das populações é sem dúvida, o de contribuir para o desenvolvimento Sociocultural dessas comunidades, trata-se de um agente do desenvolvimento.
Por este motivo deve desempenhar funções gerais ou específicas que levam ao êxito da melhoria da qualidade de vida das populações, inovando e incentivando à participação dos indivíduos.
Animação Sociocultural
A Animação Sociocultural é uma resposta institucional, intencional e sistemática a uma determinada realidade social para promover a participação activa e voluntária dos cidadãos no desenvolvimento comunitário e na melhoria da qualidade de vida.
Neste sentido a Animação Sociocultural é um processo intervenção, e terá como objectivo a participação e dinamização social, poder-se-á dizer que é uma estratégia de intervenção que trabalha para um modelo de desenvolvimento comunitário.
Seja qual for o meio em que o animador exerça a sua acção, deve ter o sentido das relações humanas e deve ter um espírito de cooperação.

Historial da Instituição

A Rumo - ADESC é uma associação para o Desenvolvimento Económico, Social e Cultural de Amieira do Tejo. Após alguns meses de organização e consolidação de objectivos, esta é oficialmente constituída em cartório no dia 30 de Março de 2001.
Esta é uma associação sem fins lucrativos, e tem um carácter de Instituição particular de Solidariedade Social.
Como Amieira do Tejo possui um conjunto de lugares históricos e com características para o aproveitamento turístico, o Plano de Acção Local propõe um modelo de desenvolvimento que assentava no seguinte:
- Estimular as actividades agrícolas, através do apoio às explorações existentes e da introdução, a título experimental de novos sistemas produtivos sustentáveis;
- Incentivar a exploração de culturas agrícolas com tradição na região (linho, cardo, etc.)
- Renovar e diversificar o sector de transformação, nomeadamente, os que têm ligação ao sector primário: tratamento e fiação de linho, produção de azeite de qualidade; produção de queijo;enchidos;conservas e licores;
- Induzir o aparecimento da indústria hoteleira e similar como suporte ao desenvolvimento do turismo;
- Reforçar o comércio local e os serviços, através do aumento da procura, sustentada pela actividade turística e pelos novos residentes;
- Criar novas actividades no sector dos serviços - animação turística e produtos tradicionais;
- Intervir na Construção Civil - Conservação e remodelação de edifícios e arranjo de espaços públicos;
- Criar oportunidade de trabalho e emprego assim como condições mais atractivas para investimentos exteriores.
Sendo que este modelo, implica um conjunto de intervenção e de iniciativas, quer do sector público quer do sector privado em prol de objectivos globalizantes, tais como:
1. Combater o isolamento da povoação e da sua população residente;
2. Promover uma actividade económica diversificada a partir dos efeitos multiplicadores de um produto turístico diferenciado inovador e qualificado;
3. Integrar Amieira do Tejo e a sua envolvente na rede de oferta turística do concelho e da região do Norte Alentejano.
4. Tomar o aglomerado de Amieira do Tejo, um centro de apoio às actividades turísticas e desenvolver em torno do Tejo os valores naturais e paisagísticos;
5. Reforçar a função residencial de Vila Flor e Albarrol.
Surgiu a ideia da fundação desta associação devido aos objectivos orientadores do Plano de Acção Local e a vontade que estes objectivos, pelo facto que ainda havia muito a fazer para a valorização humana e natural dos recursos endógenos e empreendedores a nível local.
No inicio esta associação apresentava como objectivos:
- A promoção de iniciativas de base comunitária;
- O desenvolvimento local da Freguesia de Amieira do Tejo e respectivo Concelho ao nível económico, social e cultural;
- O apoio a cidadãos na velhice e invalidez, como prestação de serviços sociais;
- A promoção e valorização dos recursos humanos;
- Garantir as condições mínimas de desenvolvimento local que contribuam para a fixação da população.
A Rumo - ADESC juntamente com a Associação Fernão Mendes Pinto, candidataram-se aos fundos comunitários através do Eixo 5. O projecto intitulado de Amieira do Tejo: sombras e luz, nasce com o intuito de melhorar as condições de vida da população numa perspectiva de desenvolvimento sustentável onde através de várias iniciativas pretende alcançar alguns objectivos que até à data, e devido à falta de sustentação económica própria, não lhe tinha sido possível actuar de forma mais evidente.
Mesmo antes da sua formalização como Associação, a Rumo - ADESC foi sendo presença habitual na dinamização cultural de Amieira do Tejo pois através de parcerias com os meios autárquicos locais e concelhos, sempre tentou contribuir para a melhoria do bem - estar dos amieirenses.
A 21 de Agosto de 2004, inaugura a sua rede social nas instalações da antiga Capela do Espírito Santo, após cedência da mesma por parte da Diocese de Portalegre e Castelo Branco cujas obras foram objecto de candidatura no LEADER +.
Esta associação propôs e trabalhou sobre o Projecto Amieira: sombras e luz e foi entidade promotora do Curso de Olivicultura /Fruticultura (Curso EFA), co-financiado também pelo POEFDS que terminou em Novembro de 2206.
Actualmente tem em curso algumas candidaturas a outras entidades e com outras entidades formadoras, de modo a conseguir finalizar alguns dos objectivos a que inicialmente se propôs.